domingo, 5 de julho de 2009

Seminário do movimento Salve Maracaípe

por: Mariana Albuquerque e Movimento Salve Maraca - 05/07/09 - 20:49


Integrantes do Movimento Salve Maracaípe promoveram, na manhã desta quinta-feira(02), seu primeiro seminário ambiental.



A Mostra da Problemática Ambiental nas Praias de Maracaípe e Porto de Galinhas foi realizada no Auditório do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco e contou com a participação de representantes de instituições privadas, filantrópicas e públicas como Projetec, GM Consultoria Ambiental, Coletivo CASA e Centro Ecopedagógico Bicho do Mato, além do Professor da UFPE Ricardo Braga e da Sociedade Nordestina de Ecologia.
O Prof. Ricardo Braga da UFPE - PE apresentando a proposta de Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Litoral Sul de Pernambucofoto: arquivo movimento salve maraca.

O objetivo do seminário era apresentar e discutir os danos causados pelas obras que estão sendo realizadas nas praias de Porto de Galinhas e Maracaípe, localizadas no município de Ipojuca, litoral sul de Pernambuco. Uma das idealizadoras do movimento e estudante de Ciências Biológicas, Mariana Maciel de Albuquerque, fez uma explanação sobre o projeto de construção do resort nos terrenos da "Casa do Gorvernador", que está em processo de venda parado por ilegalidade para o grupo Português Teixeira e Duarte.
Palestra de Mariana Albuquerque sobre a situação atual de Maracaípe e região.foto: Movimento Salve Maraca.

O geógrafo e especialistas em gestão costeira, Anderson Silva Messias, apresentou o projeto de criação de um Centro de Educação Ambiental em Maracaípe, que prevê a criação de sistemas educacionais de preservação ambiental, a capacitação de membros da comunidade para atuarem no turismo e a realização de atividades auto-sustentáveis.
A terceira e última palestra do dia ficou por conta do professor Ricardo Braga, que apresentou a proposta de criação de uma Reserva de Desinvolvimento Sustentável Estadual em todo o litoral sul do estado, abrangendo desde Porto de Galinhas até Sirinhaém. Após as três palestras houve um debate entre convidados e participantes.

integrantes do movimento Salve Maracaípe após o término do seminário na UFPE.foto: arquivo do movimento salve maracaípe.
A estrada que liga Porto de Galinhas à Maracaípe foi um dos temas mais discutidos na ocasião, tendo em vista que a obra apresenta uma proporção maior do que é necessário, contém várias irregularidades e invadiu pelo menos 30 metros da margem de mata ciliar do mangue.
De acordo com a engenheira florestal representante da Projetec, Roseane Alves "É uma utopia achar que as 4 faixas do projeto não serão mantidas. O que o que pode ser feito agora é uma compensação de danos. Segundo Roseane, a Projetec fiscaliza o andamento da construção e envia relatórios mensais à Secretaria de Turismo de Pernambuco - SETUR.
Ela disse, ainda, que a empresa está há apenas dois meses trabalhando para o governo. Antes da Projetec, este trabalho teria ficado à cargo da empresa Maia e Melo e até agora a Projetec não recebeu nenhum comunicado sobre as irregularidades da obra, nem da invasão do limite exigido pelo Código Florestal. Uma avaliação de danos estaria sendo providenciada através de um Plano de Recuperação Ambiental, o qual pode contribuir com a compensação de danos.
Outros aspectos também foram discutidos, como a falta de saneamento básico nas comunidades de Porto de Galinhas e Maracaípe e o contraponto de ambas serem rota do turismo internacional, a participação e o interesse da comunidade na luta pela preservação, a criação de um muro de gavião que poderá ser impantado à margem do mangue e o manifesto produzido pelo Grupo Salve Maracaípe.

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