Joel Parkinson grande campeão do Billabong Pro J-BAY 2009 - Foto: Divulgação
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Pela vitória, ele faturou US$ 40 mil e 1.200 pontos no ranking da elite mundial, para isolar-se ainda mais na liderança.
Parko derrotou o norte-americano Damien Hobgood em uma final de poucas ondas. Como em todos os confrontos, o aussie abriu a disputa impondo seu ritmo e arrancou nota 9.47 logo de cara.
"Eu sabia que as ondas estavam morrendo conforme o fim do dia se aproximava, então era importante garantir algo logo no início da final. Me posicionei e encontrei uma boa logo de cara. Aproveitei que a parede abriu na minha frente e tentei tirar o melhor proveito disso, que acabou sendo crucial para a decisão", conta Joel Parkinson.
As séries demoravam a vir e o norte-americano tentou dar o troco na primeira oportunidade, que só veio depois de 21 minutos que a bateria já estava na água.
Ao fazer uso da prioridade, ele quebrou a onda com uma sequência
de batidas de backside em alta velocidade, mas conseguiu apenas 5.67.
As geladas e perfeitas direitas continuaram demorando. A cinco minutos para o término, mais uma onda veio para o australiano, que com uma forte manobra e dois floaters de frontside, arrancou 6.50, para deixar seu adversário em combinação.
Damien esperou pacientemente por sua onda e ainda conseguiu mais um 6.27. Mais ondas não vieram, o tempo acabou e o líder do ranking comemora sua terceira vitória nesta temporada, por 15.97 a 11.94.
"É uma honra vir aqui todos os anos. O lugar é mágico e muito bonito. É fácil ficar distraído com a beleza do local enquanto as ondas não vêm. Joel abriu as disputas com uma onda muito boa e nesse momento a única coisa que eu podia fazer era rezar para uma onda de 2,5 metros aparecer. Não é uma onda fácil para os goofy footers como eu, mas me sinto muito afortunado por ter feito esta final. É um grande resultado para mim", explica Damien Hobgood.
Há 10 anos, Parko conquistou sua primeira vitória no circuito mundial, justamente em J-Bay, quando em 1999 ele competia como wildcard.
"Nossa, dez anos passam muito rápido. Adorei vir aqui todos estes anos e as viagens têm sido sempre incríveis desde então. É um sentimento muito especial e tudo que posso dizer é que este evento é fantástico e quero vir aqui sempre enquanto puder", deseja o australiano.
As outras duas etapas vencidas este ano foram nas provas australianas iniciais do circuito, em Gold Coast e Bells Beach. Na terceira etapa do Tahiti, Parko ficou com a nona colocação e no Brasil ficou em terceiro.
Uma ótima campanha para quem busca o título mundial da temporada, porém nada está definido ainda e outros competidores têm chance de entrarem na briga.
"No passado eu enchia minha cabeça de perguntas e me questionava quantos pontos à frente ou atrás dos outros eu estava. Nesta estou focado somente em fazer o que devo nas baterias. Tive um bom começo no tour, mas o ano é longo e muita coisa pode acontecer. Estou olhando para frente e agora só penso em ir para casa ver minha família e treinar duro para a próxima etapa", revela Parko.
Apesar da intensidade do swell ter reduzido neste último dia de competição, as ondas mesmo que demoradas não perderam a perfeição. O show de tubos e manobras continuou.
"As condições do mar para este evento foram simplesmente inacreditáveis e o surf apresentado pela galera fala por si só. Os últimos dois dias foram incríveis. Todos conseguiram pontuações consistentes e tubos irados. Em termos de título de mundial, procuro fazer o meu melhor e não pensar nisso", diz Joel.
Tanto o campeão da etapa, como o jovem norte-americano Dane Reynolds conseguiram repetir a performance do dia anterior e alcançaram novamente a perfeição. Cada um deles tirou mais uma nota 10 com tubos incríveis.
Além da nota máxima, Reynolds ainda triturou o ídolo local Sean Holmes nas quartas-de-final, com mais uma onda quase perfeita que valeu 9.20 e o melhor somatório do evento: 19.20 pontos.
Apesar ser um ótimo conhecedor das ondas de casa, Holmes somou apenas 9.84 e foi eliminado. "Foi um pouco chato ver as coisas morrerem na semifinal, embora ainda estou feliz por estar aqui. As ondas estavam tão divertidas que eu nem me sentia como se estivesse competindo. Em relação à nota 10, eu nem imaginava que iria fazer isso. Foi muito difícil de surfar esta onda, mas eu estava tão feliz e excitado que consegui. Gostaria de ter a oportunidade de fazer isto em todos os eventos", deseja Dane Reynolds.
Os brasileiros não se encontraram nesta competição e todos perderam logo de cara. Ainda no primeiro round, o cearense Heitor Alves foi eliminado pelo local Greg Emslie e o paranaense Jihad Khodr pelo havaiano Roy Powers.
O paulista Adriano de Souza entrou para competir apenas no segundo round, já que a prova rolou no formato novo e ele era o segundo colocado do ranking, porém foi derrotado logo de cara pelo norte-americano Nathaniel Curran. Mesmo com a queda de diversos tops na segunda fase do evento, poucas mudanças aconteceram no ranking do ASP World Tour.
O norte-americano CJ Hobgood subiu da terceira para a segunda posição do ranking, trocando de posto com Adriano de Souza. O aussie Taj Burrow continua na quarta posição, mas seu compatriota Mick Fanning caiu de quinto para sétimo, enquanto o norte-americano Bobby Martinez manteve-se na sexta colocação.
Quem se deu bem foi o finalista Damien Hobgood, que veio do décimo para o quinto lugar. "Este é definitivamente o meu melhor resultado do ano. Assumir a quinta posição do ranking me coloca em boa posição para a volta na segunda metade da temporada. Isto definitivamente me dá muita confiança para os próximos eventos. Estou ansioso para a próxima", diz Damien Hobgood.
O eneacampeão mundial Kelly Slater continua chegando pelas beiradas e sobe mais uma posição no ranking. Agora ele é o oitavo. Jihad Khodr e Heitor Alves amargam a 33ª e 36ª posições.
"Agora provavelmente terei que ganhar mais três eventos se quiser brigar pelo título. Se fizermos as contas, acho que antes desta prova o Joel já tinha umas 10 baterias vencidas a mais do que eu nesta temporada. Se eu quiser entrar para a competição terei que buscá-lo. Obviamente isto não aconteceu comigo hoje", lamenta Kelly Slater.
Agora os tops terão dois meses de férias e a próxima parada do tour acontece somente entre os dias 13 e 19 de setembro em Trestles, Califórnia (EUA).
Resultados do Billabong Pro J-Bay 2009
1 Joel Parkinson (Aus)
2 Damien Hobgood (EUA)
3 Dane Reynolds (EUA)
3 Kai Otton (Aus)
5 Dean Morrison (Aus)
5 Bobby Martines (EUA)
5 Sean Holmes (Afr)
5 Taylor Knox (EUA)
9 CJ Hobgood (EUA)
9 Nathaniel Curran (EUA)
9 Ben Dunn (Aus)
9 Mick Campbell (Aus)
9 Michel Bourez (Tah)
9 Kelly Slater (EUA)
9 Kieren Perrow (Aus)
9 Bede Durbidge (Aus)
17 Adriano de Souza (Bra)
33 Heitor Alves (Bra)
33 Jihad Khodr (Bra)
Ranking do ASP World Tour depois de cinco etapas
1 Joel Parkinson (Aus) 5.076 pontos
2 CJ Hobgood (EUA) 3.672
3 Adriano de Souza (Bra) 3.616
4 Taj Burrow (Aus) 3.460
5 Damien Hobgood (EUA) 3.374
6 Bobby Martinez (EUA) 3.357
7 Mick Fanning (Aus) 3.350
8 Kelly Slater (EUA) 3.030
9 Tom Whitaker (Aus) 2.942
10 Jordy Smith (Afr) 2.896
33 Jihad Khodr (Bra) 1.685
36 Heitor Alves (Bra) 1.680
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