As condições do mar finalmente melhoraram em Saquarema (RJ) e o carioca Pedro Henrique abriu as disputas nesta quinta-feira com um tubo sensacional na praia de Itaúna.
Com 9.83 pontos, Pedrinho ditou o ritmo no duelo contra o também carioca Marcelo Trekinho, que também apostou nos tubos para somar 8.33 e 5.33.
Em terceiro ficou o norte-americano Patrick Gudauskas, autor de 6.50 na melhor onda, seguido pelo baiano Bernardo Lopes.
"A torcida, a família, está todo mundo aí vendo eu correr o campeonato, mas bateria é bateria, tem de achar as ondas na água. Graças a Deus peguei uma onda muito boa, eu já estava visando porque no free surf eu tinha achado uns tubos ali mesmo. Dei sorte, a onda veio e consegui fazer o tubo. O mérito foi da onda, ela foi perfeita e eu só deixei a prancha andar", afirma Pedrinho.
Paulo Moura passeia por dentro de um belo canudo. Foto: Aleko Stergiou.
"Achei que a nota seria 10. Quando saí do tubo, imaginei 'vai ser 10'. O tubo foi muito deep, fiquei de pé, a onda era boa, perfeita, não espumou... Era 10, né?", brinca o carioca.
"Estou no foco desde o começo do ano, treinando, me dedicando. Não estou correndo o WQS, mas o próprio circuito brasileiro está mostrando que estou no rip ainda. Estou aí disputando o título, fiz alguns resultados já. Infelizmente não estou podendo correr o WQS, então fica difícil", lamenta o surfista.
A falta de patrocínio também foi comentada pelo atleta. Desde o início ele está sem condições financeiras de tentar o retorno à divisão de elite do surf mundial.
"Estou nessa briga para conseguir um patrocinador forte ou até mesmo um co-patrocinador que ajude a custear o circuito. Espero conseguir um bom resultado aqui para acordar os patrocinadores, pra alguém ver e dizer 'Poxa, vamos patrocinar aquele cara porque ele está no caminho certo'", diz um sorridente Pedro Henrique.
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