Adriano de Souza está na semifinal do Quiksilver Pro. Foto: Douglas Cominski / Shotspot.com.au.
Com duas atuações fabulosas na bancada de Coolangatta, situada entre Greenmount e Kirra, Adriano garantiu vaga no pódio da prova. Em ondas de até 1,5 metros e formação regular, Adriano despachou o havaiano Fred Patacchia e o australiano Bede Durbidge.
Também estão classificados os australianos Joel Parkinson, Mick Fanning e Taj Burrow.
Responsável pela eliminação de Adriano no Quiksilver Pro 2006, em semifinal disputada no beach break de Duranbah, Burrow tem um novo encontro com Adriano em busca de uma vaga na final.
Adriano teve um dia impecável em Coolangatta. Como de costume, o brasileiro surfou com extrema maestria e dificultou a vida dos adversários com sua ótima escolha de ondas e concentração.
Com um surf bastante agressivo, bastante elogiado pelo nove vezes campeão mundial Kelly Slater, Adriano começou o dia despachando o havaiano Fred Patacchia.
O guarujaense obteve 8.83 e 8.27 nas duas melhores notas, enquanto Patacchia descolou 7.33 na única onda de qualidade que pegou e ficou precisando de 9.77 para vencer.
Em seguida, a vítima foi o vice-campeão mundial Bede Durbidge, um dos surfistas mais competitivos do Tour.
Adriano novamente teve uma postura ofensiva e surfou com muita agressividade nas direitas de Coolangatta.
Logo no início da bateria, aplicou uma forte rasgada, passeou por dentro do tubo e foi manobrando até a praia, finalizando com um aéreo para arrancar 7.67 dos juízes.
Na sequência, somou 6.17 para ampliar vantagem. A nota foi trocada por uma onda em que começou entubando e saiu dilacerando a parede com fortes batidas e rasgadas, sendo premiado em 8.83.
A atuação foi coroada com uma nota 9.03. O surfista utilizou muito bem a prioridade e evitou a ida de Bede Durbidge numa boa direita.
Adriano aplicou dois fortes ataques e finalizou a direita chutando a rabeta para delírio da torcida brasileira e decepção da grande torcida do aussie.
"Acho que aprendi muita coisa no circuito mundial. Este é meu quarto ano no WCT, então aprendi muitas coisas com o Kelly, o Andy, com todos esses grandes nomes que eu vi competindo e perdi muito pra eles. Acho que com isso que aprendi a competir direito, a surfar a onda do jeito certo, então acho que isso que faz um homem ter experiência. Tem que começar desde o início, senão você nunca vai ter isso", diz Adriano.
"O Bede é um surfista incrível, um dos meus favoritos no Tour. Desta vez eu consegui vencê-lo, mas tenho certeza de que vai dar muito trabalho no circuito, como sempre", conclui Adriano.
Outro brasileiro que entrou em ação em Coolangatta foi o paranaense Jihad Khodr. O brazuca caiu diante do norte-americano CJ Hobgood em duelo bastante acirrado.
Jihad Khodr perde para CJ Hobgood em bateria acirrada. Foto: ASP Kirstin / Getty Images
Surfando com muita personalidade e contando com o incentivo do público, Jihad chegou a liderar o duelo até os minutos finais com 7.60 e 8.83 nas duas melhores notas.
CJ, que tinha 8.17 num belo tubo de backside, pegou uma direita salvadora e estragou a festa do brasileiro ao arrancar 9.07 dos juízes. Jihad saiu da água aparentemente chateado com o julgamento e preferiu não conceder entrevista.
Uma nova chamada acontece às 18 horas desta quarta-feira (horário de Brasília).
Por Ader Oliveira em 10/03/2009 03:58 - fonte: WAVES
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