Jadson André sobrevoa Itajaí. Foto: Diego Freire.
A molecada ignorou a presença dos imensos navios que passam durante o dia colados no palco da competição, entre os molhes, para transformar as esquerdas do pico em pista de decolagem.
Maior destaque da competição até o momento, o potiguar estreou na prova com quebra de recordes e obteve o melhor somatório do evento (15.17), para enviar para enviar o catarinense Amilton Alves (7.23) e o carioca Diego Silva (5.60) à repescagem, os dois em combinação e sem qualquer chance de reação.
Jadson não parou de remar sequer um minuto e investiu em todas as ondas que vieram para ele, sempre abusando de uma variado repertório de manobras fluídas, com potência e estilo, sem contar as arriscadas decolagens completadas em sua maioria.
Graças a um segundo lugar no Mundial Pro Junior da ASP que rolou na Austrália, o natalense já tem sua vaga garantida para a etapa final do Oakley Pro Junior, que decide o campeão mundial na Indonésia. Apesar de competir sem pressão nenhuma, percebe-se que a competitividade do atleta fala mais alto.
E por falar em quebra de recorde, outro cabeça-de-chave que estreou superando números foi o paulista Miguel Pupo. Ele pegou a melhor onda do campeonato até agora, que lhe rendeu 8.83 pontos.
Miguel Pupo descola seu foguete. Foto: Diego Freire.
Como sempre, ele demonstrou total tranquilidade em sua bateria e soube escolher boas ondas para exibir variedade de manobras bem colocadas e expressivas, além dos diversos vôos.
Na soma Miguel alcançou 14.16 pontos e não deu nenhum espaço para seus adversários, que caíram para a respescagem. Foram eles o paulista Caio Ibelli e o carioca Mariano Arreyes, com 7.34 e 5.84 pontos na soma, respectivamente.
Uma bateria que deixou a torcida eufórica nos molhes do Atalaia foi a décima primeira do dia, que reuniu três catarinenses em uma bela disputa.
Depois de muitas viradas, disputas acirradas e show de manobras, Cauê Wood somou 13.33 e venceu o local Gustavo Machado (12.50), com Santiago Muniz (7.90) em terceiro.
Machado, que vinha de uma excelente estreia nas triagens foi fortemente apoiado pela torcida em seu quintal, mas mesmo assim não conseguiu deter um inspirado Cauê Wood.
Outra bateria muito disputada onda a onda foi vencida pelo paulista Jessé Mendes, que com 11.34 pontos mandou o catarinense Alejo Muniz (9.60) e o paranaense Cesar Teixeira (4.04).
O baiano Franklin Serpa também fez boa atuação no primeiro round e com 14.20 pontos mandou os catarinenses Matheus Navarro e Marthen Pagliarini para a repescagem.
Franklin Serpa dá trabalho aos adversários. Foto: Diego Freire.
Navarro até conseguiu assumir a liderança durante alguns minutos, mas não foi suficiente para deter o inspirado baiano que surfou com agressividade e estilo.
Assim como nas triagens, Marco Fernandez arrancou outra nota 8.00 e somou 11.80, para mandar o cabeça-de-chave paulista Wiggolly Dantas e seu conterrâneo Aurélio Santanna para a repescagem.
O ubatubense Wiggolly começou ditando o ritmo da bateria, mas Fernandez soube esperar sua hora e investiu em uma boa esquerda da série, na qual ele manobrou em toda sua extensão e jogou uma forte batida na junção para assumir a liderança do confronto.
Ao contrário do que diz a tradição do pico, algumas direitas não tão extensas apareceram próximas ao molhes, e os atletas conseguiram arrancar notas razoáveis nelas.
O paulista Emerson Silva também mandou bem e com 14.00 pontos despachou o paulista Brian Franco e o catarinense Leandro Santos para a repescagem. Brian dominou grande parte do confronto, porém Emerson conseguiu a virada nos instantes finais.
Outro paulista voador que avançou sem dificuldades e abusou das manobras modernas foi Gabriel Medina. Ele derrotou seus conterrâneos Matheus Toledo e Kalani Silva.
Confira mais informações, fotos e entrevistas em nossas próximas atualizações.
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