sábado, 9 de maio de 2009

Direto da Austrália - Entrevista Exclusiva com Nick Carroll


por:Roberta Mayanah (Jornalista de Esportes - correspondente da Austrália SurfPE) - 09/05/09 - 14:30.



Entrevista exclusiva com Nick Carroll que acaba de lançar um documentário sobre a cultura do surf na Austrália.

Capa do Documentário de Nick Carroll - foto: Reprodução




R.M - Você ainda surfa bastante?

N.C - Surfo muito, praticamente todos os dias aqui em Newport Beach e ao redor aqui das praias de Sydney, alem de nadar e fazer ginástica.Amo o surf, a natureza, o mar e gosto de surfar junto com os peixes, baleias e tubarões, não tenho medo e me sinto muito bem dentro d’água.

R.M - Qual o tipo de equipamento que você aprendeu a surfar e quem te influenciou?

N.C - Comecei a surfar numa daquelas bóias colchão inflável, quando comecei ja era a época das "minimodels". Nesta época os surfistas que me influenciaram foram: Saimon Anderson, Wayne Linch, Peter Townerd e Wayne Bartolomeu. Nesta época, o surf era uma aventura e um desafio.


Nick em seu escritório - foto: Roberta Mayanah

R.M - Como você se tornou um produtor de filmes?

N.C - Naturalmente, sempre fui jornalista de esportes e o surf, sempre foi para mim muito especial. Transmite muita vibração, energia e um estilo de vida saudável. Ficou facio começar a ser produtor depois de participar integralmente do esporte surf.


R.M - O que atualmente está dificultando o seu trabalho?

N.C - Terminar os meus livros, filmes e documentários. A finalização e muito complexa e trabalhosa.

R.M - Existem projetos futuros?

N.C - Tenho vários projetos para o futuro ao redor do mundo, mas não quero falar antes de concretiza-los. Estarei produzindo este ano no Hawaii, um documentário envolvendo o mais novo esporte chamado "Padle Surf" e a cultura Havaiana.


O pernambucano Zezito Barbosa e Nick Carroll, o encontro de duas lendas - foto:Roberta Mayanah




R.M - Você possui um estilo próprio de trabalho, onde consegue motivação?

N.C - E estranho perseguir um esporte por tanto tempo, o legal e acompanhar as mudanças, o comportamento das pessoas que se envolvem com o surf e consequentemente com a natureza em geral. Isto me fascina e me dar forcas para continuar.

R.M - O que você pensa a respeito da cultura do surf?

N.C - Existem varias culturas do surf diferentes ao redor do mundo. Aqui mesmo na minha praia "Newport Beach", existem varias tribus de surf com suas próprias experiências e costumes por exemplo: as pessoas que surfam no canto direito se diferenciam das que surfam no meio da praia que se diferenciam também das que surfam no canto esquerdo. Existem pessoas que quando surfam pela primeira vez, mudam completamente a maneira de encarar a vida, respeitando a natureza, as pessoas e se educam da maneira mais saudável possível (quando um mosquito chamado "surf" pica, transmite um vício sem cura).

R.M - Sua filosofia?

N.C - Não acredito em céu e nem inferno. Família e muito importante, a maneira como encarar os problemas, otimismo, sempre ter uma visão positiva e verdadeira do futuro.

R.M - Quais foram as conquistas mais importantes na sua carreira como jornalista e produtor?

N.C - Os livros que já escrevi, quando fui diretor editor da revista Track's magazine aqui da Austrália, durante a década de oitenta e quando trabalhei como editor chefe na Surfing magazine por sete anos nos EUA. E muito prazeroso poder trabalhar informando as pessoas sobre o que aconteceu e o que acontece de interessante envolvendo o surf. Surf e um esporte muito difícil, o atleta se manter no topo do ranking mundial por muito tempo, chegar numa praia desconhecida, ler as ondas e nas baterias pegar as melhores. A maior parte das pessoas que conheci, surfam por prazer e são pessoas normais como: Carpinteiros, encanadores, eletricistas, padeiros, motoristas de táxi, ônibus, etc...



Em fim, para mim surf e a minha vida.


Saudações!!!

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