Por: Tomás Dias - Casulo Cultura - 25/05/09 - 19:00
Rapper ReNeGaDo - foto: Bárbara Dutra
Ultrapassando barreiras e misturando ritmos, o rapper Renegado tem se destacado como um dos artistas mais promissores do hip hop nacional, aproximando o gênero das raízes musicais brasileiras e apropriando-se de um conciso discurso social. O trabalho realizado foi consagrado em 2008 no importante prêmio Hutúz, o maior do gênero hip hop na América Latina, no qual Renegado foi escolhido o “Artista Revelação de 2008”, vencendo também na categoria de “Melhor Site”.
Seu primeiro CD, intitulado Do Oiapoque a Nova York, foi lançado no segundo semestre de 2008 e foi produzido pelo conceituado Daniel Ganjaman, responsável por trabalhos do Instituto, Sabotage, Mombojó e outros nomes importantes da música contemporânea brasileira.
"Acho que o Renegado conseguiu um meio termo entre a temática do rap feito na periferia e a poesia e o verso da música popular brasileira, como um todo", explica o produtor.
Com a turnê Do Oiapoque a Nova York, Renegado fez shows em diversas cidades do interior de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso, também apresentando oficinas sobre a linguagem hip hop e técnicas de produção em dispositivos móveis e computadores domésticos. Ao longo da turnê, Renegado reforçou a junção de arte e ação social, criando e reforçando laços que semearão uma rede nacional de hip hop conectando os agentes da cena de forma a estimular o desenvolvimento da cultura hip hop.
Em 2009, seu trabalho chega a novos pontos do país, começando pelo nordeste, onde Renegado inicia sua turnê em Salvador, na 6ª Bienal da UNE e segue viagem para as capitais nordestinas.
Sobre Do Oiapoque a Nova York
O swing consciente define o trabalho de um dos artistas mais promissores da nova geração da música nacional. Em seu primeiro disco solo, Do Oiapoque a Nova York, Renegado reúne 13 canções nas quais mostra desenvoltura ao transitar livremente por vários estilos derrubando fronteiras e misturando o rap com ritmos brasileiros e latino-americanos.
Do Oiapoque a Nova York traz a denúncia ao mesmo tempo em que coloca o ouvinte para dançar, atraindo a atenção tanto de quem procura por letras inteligentes como de quem quer se divertir na pista de dança.
Coisa rara dentro do mundo do hip hop, Renegado também é instrumentista e utiliza o violão em meio às batidas eletrônicas do raggamuffin e do próprio rap, fazendo com que o disco adquira uma musicalidade rica e diversificada, indo além do que é feito no rap tradicional.
Além disso, as participações de convidados contribuem para a sensação de ausência de fronteiras musicais dentro do disco. Do hip hop paulista vieram Funk Buia (Z’Africa Brasil) e Max B.O; da MPB mineira, Aline Calixto e Júlia Ribas; e da música latino-americana os cubanos Alayo, que veio ao Brasil especialmente para gravar o disco, e Cubanito, que reside em BH.
O disco conta ainda com a participação do mestre Gil Amâncio e com a delicadeza das Meninas de Sinhá, preciosidades musicais vencedoras do Prêmio TIM vindas da comunidade do Alto Vera Cruz, a mesma onde vive Renegado. Ao vivo, Renegado divide estabelece parcerias diferenciadas e enriquecedoras com artistas do nível de Toninho Horta, Carlos Vergueiro
Sobre Renegado
Renegado é um rapper mineiro nascido e criado na favela Alto Vera Cruz, na cidade de Belo Horizonte. Autodidata, o músico começou a cantar aos 13 anos, ao mesmo tempo em que deu início à sua atuação em movimentos sociais.
Em 1997, foi um dos fundadores do grupo de rap NUC (Negros da Unidade Consciente), com o qual se apresentou por todo o Brasil e em países da América do Sul, África e Cuba. Posteriormente, o NUC tornou-se uma ONG, presidida por Renegado, que desenvolve trabalhos sócio-culturais junto a jovens de comunidades carentes com o foco principal nos jovens do Alto Vera Cruz.
A partir de 2006, Renegado passou a se dedicar à carreira solo e desde então vem acumulando uma bagagem de shows e participações em apresentações de outros artistas. Em sua carreira solo Renegado investe na incorporação de outras referências musicais como reggae, maracatu, música cubana, samba além de outras influências da cultura típica brasileira e de tradições regionais, sem, no entanto, abandonar características do tradicional rap norte-americano e o apelo social do rap brasileiro.
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Tomás Dias - tomas@casulocultura.com.br
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