Por João Carvalho em 14/06/2009 17:02 - Fonte: WAVES
A décima edição do WQS nas Ilhas Maldivas entra para a história da ASP com um verdadeiro espetáculo de aéreos.
O Sri Lankan Airlines Pro apresentou uma pista perfeita em Pasta Point para este tipo de manobra e no domingo as condições estavam épicas, com ótimas ondas de 1,5 a 2 metros para os surfistas decolarem.
A grande final foi uma das mais eletrizantes de todos os tempos e o jovem australiano Owen Wright faturou o título com fantásticos 19,23 pontos de 20 possíveis.
O norte-americano Patrick Gudauskas ainda conseguiu sua segunda nota 10 na competição e também ficou feliz com o vice-campeonato no 6 estrelas “prime” de 3.500 pontos das Ilhas Maldivas.
Patrick Gudauskas também abusa das manobras progressivas e fica em segundo. Foto: Dara.
A vitória valeu o prêmio máximo de US$ 20 mil para o campeão, com Owen Wright assumindo a liderança no WQS, que classifica 15 surfistas para o grupo dos top 45 do ASP World Tour.
Patrick Gudauskas também abusa das manobras progressivas e fica em segundo. Foto: Dara.
A vitória valeu o prêmio máximo de US$ 20 mil para o campeão, com Owen Wright assumindo a liderança no WQS, que classifica 15 surfistas para o grupo dos top 45 do ASP World Tour.
Patrick Gudauskas também abusa das manobras progressivas e fica em segundo. Foto: Dara.
O potiguar Jadson André ainda derrotou o francês Romain Cloitre nas quartas-de-final, mas foi barrado no duelo seguinte por Patrick Gudaukas.
Jadson agora é o quarto colocado no ranking, atrás de três australianos, Owen Wright, Daniel Ross e Adam Melling.
Jadson agora é o quarto colocado no ranking, atrás de três australianos, Owen Wright, Daniel Ross e Adam Melling.
O norte-americano já havia eliminado o paulista Wiggolly Dantas no primeiro confronto do domingo decisivo em Lohifushi Island. Gudauskas estava inspirado e tirou os brasileiros do campeonato com os maiores placares do dia antes da final. Somou 16,83 pontos contra Wiggolly Dantas e 17,67 para superar Jadson André.
Jadson André arrepia na prova, fica em terceiro e assume quarta colocação no ranking WQS. Foto: Dara.
Na sexta-feira, Patrick foi o primeiro surfista da história a completar um “rodeo clown”, aéreo 540 graus invertido com alto grau de dificuldade, que lhe valeu a primeira nota 10 do Sri Lankan Airlines Pro. Mas, Owen Wright também apresentou aéreos impressionantes.
A final foi épica, para ficar guardada mesmo na história da ASP como uma das melhores e mais fantásticas do Circuito Mundial. A segunda onda surfada pelo australiano foi decisiva para a vitória. Nela, Wright aplicou dois aéreos, além de uma série de manobras verticais numa onda excelente que abriu uma parede perfeita em Pasta Point.
Patrick respondeu com fortes batidas e rasgadas poderosas, mas não completou o aéreo que tentou na finalização. A nota saiu 8,94, porém se acertasse a última manobra poderia ter recebido seu segundo 10 no campeonato já nessa onda.
No meio da bateria, o australiano novamente usou os aéreos para arrancar outra nota alta - 9,40 - e atingir 19,23 pontos. Mesmo precisando de duas ótimas ondas para reverter o resultado, Gudauskas não desistiu. Era hora de tirar a carta da manga, o “rodeo clown”.
Na primeira tentativa, voou alto e conseguiu rodar os 540 graus invertido, mas o pouso não foi completado. Quando faltavam menos de 5 minutos para o término, ele achou uma onda excelente, mandou três batidas incríveis, variando com longos cutbacks executados igualmente com bastante pressão e finalizou com um aéreo impressionante.
Não foi o “rodeo clown”, mas o conjunto da obra valeu nota 10 para os juízes. Só que ainda faltavam 9,24 pontos para a vitória e não veio outra onda para ele buscar isso, com o placar ficando mesmo em 19,23 x 18,93 pontos.
“Essa foi a melhor final que disputei e que já vi na minha vida”, confessou Owen Wright. “Eu sabia que o Patrick era capaz de tirar notas 9 e até 10 como conseguiu. Minha estratégia então foi tentar dar dois aéreos numa onda e ainda surfar forte variando as manobras para conseguir notas altas. Foi o que rolou”. Com a vitória no Sri Lankan Airlines Pro, o jovem australiano de 19 anos de idade agora lidera o WQS e já mudou seus planos iniciais para este ano.
“No começo do ano eu estava focado em ganhar o título mundial Pro Junior da ASP na Austrália e correr alguns eventos do WQS para ganhar experiência. Mas, agora eu definitivamente estou pensando em ganhar o WQS para já me qualificar para o ASP World Tour do ano que vem”, afirmou Owen Wright. Esta é a segunda final em etapas “prime” com nível 6 estrelas do australiano esse ano. A primeira ele perdeu para Jadson André, também de 19 anos, na África do Sul.
O chefe dos juízes do ASP World Tour, Perry Hatchet, trabalhou no Sri Lankan Airlines Pro e apontou esta final como uma das cinco melhores que ele já testemunhou, enquanto muitos declararam ter sido a melhor de todas que já vivenciaram no Circuito Mundial. O campeonato todo foi histórico pela grande variedade de aéreos impressionantes, culminando com o primeiro “rodeo clown” apresentado por Patrick Gudauskas na sexta-feira.
“Embora tenha perdido a final, me sinto como se tivesse vencido o evento”, confessou o californiano de 23 anos, que sempre compete junto com seus dois irmãos no WQS, Tanner e Dane.
“Foi um campeonato surpreendente, com ótimas ondas e a final foi incrível. Realmente estou muito feliz por ter acertado o rodeo clown e outros aéreos também. Acho que o surfe está atingindo outro nível competitivo com esta manobra e agora estou bem mais confiante para tentar minha classificação para o ASP World Tour este ano”.
O WQS agora tem mais duas etapas seguidas na África do Sul. A primeira com nível 4 estrelas começa sábado, dia 20, indo até a quarta-feira, 24, em Cape Town. E do dia 29 de junho a 5 de julho, no mesmo periodo do Hang Loose Santa Catarina Pro, a etapa brasileira do ASP World Tour em Imbituba, tem o tradicional 6 estrelas Mr. Price Pro, que neste ano mudou de Durban para Ballito, em KwaZulu-Natal.
Depois, o WQS volta ao Brasil para as duas etapas de julho com nível 6 estrelas de 2.500 pontos, o Maresia Surf International nos dias 7 a 12 na praia Mole de Florianópolis (SC) e a estréia do Rip Curl apresenta Coca-Cola Saquarema Pro nos dias 14 a 19 na Praia de Itaúna, o “Maracanã” do surfe brasileiro na Cidade do Surf da Região dos Lagos, Rio de Janeiro.
Resultado do Sri Lankan Airlines Pro 2009
1 Owen Wright (Aus)
2 Patrick Gudauskas (EUA)
3 Jadson André (Bra)
3 Austin Ware (EUA)
5 Wiggolly Dantas (Bra)
5 Romain Cloitre (Fra)
5 Daniel Ross (Aus)
5 Leigh Sedley (Aus)
9 Heitor Alves (Bra)
9 Rodrigo Dornelles (Bra)
17 Jean da Silva (Bra)
17 Bernardo Pigmeu (Bra)
37 Leo Neves (Bra)
37 Marco Giorgi (Uru)
49 André Silva (Bra)
49 Simão Romão (Bra)
49 Yuri Sodré (Bra)
49 William Cardoso (Bra)
49 Marco Polo (Bra)
49 Kiron Jabour (Haw)
73 Alejo Muniz (Bra)
73 Paulo Moura (Bra)
73 Charlie Brown (Bra)
Ranking do WQS 2009 depois de 15 etapas
1 Owen Wright (Aus) – 11.338 pontos
2 Daniel Ross (Aus) – 10.600
3 Adam Melling (Aus) – 10.301
4 Jadson André (Bra) – 10.100
5 Brett Simpson (EUA) – 8.476
6 Joan Duru (Fra) – 8.451
7 Patrick Gudauskas (EUA) – 8.263
8 Travis Logie (Afr) – 8.226
9 Blake Thornton (Aus) – 8.013
10 Marco Polo (Bra) – 7.825
11 Luke Munro (Aus) – 7.813
12 Jay Thompson (Aus) – 7.688
12 Nathan Yeomans (EUA) – 7.688
14 Drew Courtney (Aus) – 7.513
15 Austin Ware (EUA) – 7.457
16 Gony Zubizareta (Esp) – 7.376
17 Jonathan Gonzalez (Can) – 7.225
18 Dion Atkinson (Aus) – 7.138
19 Jean da Silva (Bra) – 7.100
20 Tanner Gudauskas (EUA) – 7.075
25 Wiggolly Dantas (Bra) – 6.726 pontos
28 Yuri Sodré (Bra) – 6.475
32 Leonardo Neves (Bra) – 6.344
34 Paulo Moura (Bra) – 5.939
36 Marco Giorgi (Uru) – 5.863
40 Pablo Paulino (Bra) – 5.713
53 Willian Cardoso (Bra) – 4.952
54 André Silva (Bra) – 4.926
56 Manuel Selman (Chi) – 4.838
63 Rodrigo Dornelles (Bra) – 4.638
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