Os melhores surfistas do mundo estão se preparando para o Hang Loose Santa Catarina Pro, etapa do World Tour que acontece entre os dias 27 de junho e 5 de julho, em Imbituba (SC).
Atual líder do ranking, o australiano Joel Parkinson teve um extraordinário começo de temporada ao vencer as etapas de Gold Coast e Bell's Beach.
Depois, foi nono colocado em Teahupoo, Tahiti. "Eu não foco o título mundial quando estou num evento", diz Parko.
"Eu dedico muito tempo e esforço no que estou fazendo longe dos campeonatos, então estou na melhor forma fisica, técnica e mental possível. Desta maneira, eu vou venho para o evento pronto, relaxado e com a consciência tranquila", comenta o aussie.
Joel Parkinson parte para o Brasil isolado na liderança do ranking. Foto: Aleko Stergiou.
Embora tenha obtido uma variedade de resultados no Brasil, desde terceiro a 17o colocado, Parko está com a energia renovada esta temporada e animado com a antecipação da prova brasileira de outubro para junho / julho. "Eu não tenho tido a consistência que gostaria de ter no Brasil", revela Parko.
"Isto provavelmente tenha um pouco a ver com o fato de o evento ser disputado no fim do calendário, mas eu sei que posso fazer melhor lá e isso me dá confiança. Logicamente, a antecipação do evento foi melhor. Nós perdemos o evento de Fiji este ano e estamos indo direto para a África do Sul logo em seguida, então a viagem fica muito mais fácil de ser administrada. Será interessante estar no Brasil no inverno, assim como estamos acostumados ao clima de carnaval em outubro, quando o sol está brilhando. Será um evento crítico no ano para marcar pontos", conclui Parkinson.
Defensor do título do Hang Loose Santa Catarina Pro e atual vice-campeão mundial, Bede Durbidge não teve um grande inicio de campanha em 2009. Depois da quinta colocação na Gold Coast, Bede amargou a 17a colocação duas vezes seguidas e ocupa agora a 14a posição no ranking.
Bede Durbidge defende título do Hang Loose Santa Catarina Pro. Foto: Aleko Stergiou.
"Eu não tive o início que buscava", diz Durbidge. "Eu comecei bem na Gold Coast com um quinto e em Bells eu tive uma dura bateria contra o Robbo (Adam Robertson). Já no Tahiti, eu enfrentei Andy (Irons) em minha primeira bateria e ele é o mestre de Teahupoo. Eu sinto que estou surfando bem, mas apenas tenho perdido por pouco nas baterias que poderiam ter tido qualquer outro resultado. Estou pensando positivamente e sei que vou dar a volta por cima breve", acredita Bede.
A implementação do novo formato da ASP pode ser uma das causas para os tropeços de Bede. Nesta temporada, o ASP Dream Tour tem um cardápio de formatos, e o Hang Loose Santa Catarina Pro escolheu o formato tradicional, que até este ano havia sido utilizado somente na Gold Coast.
"O novo formato tem seus pros e contras", acredita Bede.
"Ele é bom porque leva apenas três dias e a maioria dos swells que pegamos dura esse período. Por outro lado, você não tem o round 1 para se esquentar e sentir o clima do evento. Pessoalmente, eu gosto do antigo formato, então acho ótimo ele ser utilizado no Brasil. As ondas estão bem consistentes nesta época do ano lá também", diz Bede.
A partir da próxima semana, Bede tenta repetir a performance de 2008, quando deu show em Imbituba e levantou o caneco.
"Ano passado eu me senti bem confortável lá", comenta o aussie. "Eu tinha uma prancha muito boa e tivemos ondas muito divertidas durante todo o evento, de 1 a 1,5 metros. Quando está acima de 1 metro, quebra uma direita correndo que realmente se encaixa no meu estilo. Aparentemente, com a mudança de data, teremos melhores condições, então acho que isso será bom e todo mundo estará lá porque a briga pelo título continua boa", espera Bede.
Mick Fanning, número 3 do ranking, está na cola de Parko. "Estou bastante confortável com a forma com a qual estou viajando este ano. "Estou me sentindo forte e muito feliz com meu surf. Eu adoraria ter um resultado melhor no Tahiti, mas as condições estavam razoáveis e não era pra ser. Os próximos dois eventos são importantes e estou de olho numa vitória. O Brasil é um dos meus melhores eventos, então tenho esperança de poder conquistar uma vitória lá e diminuir a liderança de Parko no ranking", afirma Mick.
Mick Fanning já venceu duas provas em Imbituba (SC). Foto: ASP Cestari / Covered Images
Vencedor de duas etapas em Imbituba (2006 e 2007), Fanning parte com tudo em busca de mais uma vitória no Brasil.
"Eu adoro o ambiente quando estou competindo no Brasil", diz Fanning.
"O público é imenso e isso sempre me deixa mais instigado para fazer uma ótima performance. As ondas para o evento são típicas de beach break. Eu cresci surfando em Duranbah, então fico à vontade surfando ondas de fundo de areia. No passado, o título da ASP chegava praticamente definido ao Brasil, então às vezes, grandes resultados lá não adiantavam muita coisa. Agora está mais cedo no calendário, nós podemos ver alguns dos caras que andam bem no Brasil podendo pegar um pouco de embalo no ano e entrar na briga pelo título", comenta o aussie.
Apesar de sua história vitoriosa no Brasil e suas ótimas performances em 2009, Fanning sabe que a prova será dura em Imbituba. "Eu acho que Taj Burrow será difícil de ser batido", diz Fanning.
"Ele já venceu três eventos no Brasil e pareceu afiado no Tahiti. Adriano de Souza é outro a ser notado. Ele está tendo outro ótimo ano e terá um grande apoio da torcida. Outro cara a ser assistido é Bede Durbidge. Ele é o defensor do título do evento e está buscando um grande resultado para voltar ao topo do ranking depois de ficar duas vezes em 17o lugar", conclui Fanning.
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