Autor: SurfPE - Por: João Carvalho - 04/11/10 08:32 - link fonte:
Suelen Naraisa, Brasil Surf Pro 2010, Joaquina, Florianópolis (SC). Foto: Fábio Minduim / Maxsports.
A paulista Suelen Naraisa está a duas baterias do bicampeonato brasileiro no Brasil Surf Pro 2010.
Diana Cristina e Juliana Quint, únicas surfistas que poderiam lhe tirar a liderança do ranking em Florianópolis (SC), perderam logo em suas estréias na Praia da Joaquina.
Suelen enfrenta agora a catarinense Gabriela Leite na primeira semifinal. A segunda é formada pela paulista Camila Cássia e pela pernambucana Monik Santos.
Depois de irem para a água as duas fases da categoria Feminino, começaram as disputas da Masculino. O céu está azul e as ondas rolam com meio metro e boa formação.
A defensora do título brasileiro passou sufoco na bateria que inaugurou o Brasil Surf Pro de Santa Catarina e conseguiu a classificação em uma onda nos últimos segundos do confronto. A catarinense Gabriela Leite venceu a bateria. As duas se enfrentam na primeira semifinal do evento.
As concorrentes na briga pela ponta do ranking ficaram nesta primeira fase. A catarinense Juliana Quint, terceira colocada, perdeu na terceira bateria para Taís de Almeida e Claudia Gonçalves. Na bateria seguinte, a vice-líder Diana Cristina foi barrada por Camila Cássia e Monik Santos.
Durante as quartas-de-final, Suelen passou pela tetracampeã brasileira Andréa Lopes, mas não conseguiu mostrar todo potencial de seu surf. Nas duas baterias que disputou, a ubatubense obteve somatório inferior a dez pontos.
No entanto, o importante mesmo era a classificação. Agora, Suelen pode confirmar o título antecipado se vencer a etapa do Brasil Surf Pro em Florianópolis. Isto porque começou o ano de forma arrasadora, vencendo as duas primeiras etapas da temporada.
“Não vai ser fácil, mas estou tranquila. Tenho treinado muito para isso. Estou focada e na busca do bicampeonato. O que tiver que ser será. O mar está bem difícil e confesso que tive sorte de achar as ondas certas para me classificar”, diz Suelen.
A catarinense Gabriela Leite, que derrotou Suelen na primeira bateria do Brasil Surf Pro da Joaquina, tem a oportunidade de adiar a decisão do título brasileiro para a última etapa. O evento acontece entre os dias 8 e 12 de dezembro, na Barra da Tijuca (RJ).
“Caramba, a pressão agora é toda em mim? Então vou fazer de tudo para passar a bateria e surfar o máximo que conseguir. Seja o que Deus quiser” comenta a catarinense.
A outra semifinal também promete ser emocionante e vai reunir as duas melhores surfistas do dia na Praia da Joaquina.
A pernambucana Monik Santos fez a maior nota entre as meninas (7.50) e bateu a saquaremense Taís de Almeida na terceira bateria das quartas. Na última bateria, Camila Cássia atingiu o maior placar feminino do Brasil Surf Pro de Florianópolis em duelo paulista com Claudia Gonçalves. Os 12.50 pontos que somou nas duas melhores ondas, superaram os 12.20 pontos da estréia de Taís de Almeida.
“O mar está um pouco difícil, mas consegui achar duas ondas na casa dos 6 pontos e venci a bateria”, conta Camila Cássia. “Estou feliz pela classificação e agora quero ver se passo para a final. Sempre venho parando nas semifinais e está na hora de ultrapassar essa barreira”, completa.
Monik Santos conseguiu chegar nas semifinais pela primeira vez em uma etapa do Brasil Surf Pro. Ela ficou fora do circuito brasileiro de 2009 para fazer uma cirurgia nos ombros. Monik parece estar recuperada da contusão e fez brilhante apresentação em sua bateria das quartas contra Taís de Almeida.
“Foi difícil pra caramba. No começo não consegui completar as manobras. Mas me concentrei melhor e apareceu aquela boa esquerda”, conta Monik, feliz pelo primeiro pódio garantido com a classificação. “Pelo menos eliminei a praga do quinto lugar. Não passava nunca das quartas. Estou feliz, mas quero mais”, comemora.
Andy Irons In Memoriam O falecimento do tricampeão mundial Andy Irons surpreendeu todos os surfistas que estão em Florianópolis participando da penúltima etapa do Brasil Surf Pro 2010.
Logo depois da execução do Hino Nacional, que abriu oficialmente o evento, foi realizado um minuto de silêncio em memória do havaiano de 32 anos. Andy faleceu na última terça-feira (2/11) em um quarto de hotel do Texas (EUA). O diretor executivo da ABRASP, Marcelo Andrade, fez discurso sobre esta grande perda para o esporte.
O último título mundial de Andy Irons foi conquistado na etapa brasileira do ASP Tour, em Imbituba (SC), no ano de 2004. Tânio Barreto, campeão brasileiro de 2001 e um dos participantes do Brasil Surf Pro fala sobre a inesperada notícia.
“Está todo mundo em choque. Além de ser um grande atleta, tricampeão mundial, era um cara muito batalhador. Teve os problemas dele, largou o circuito, voltou com tudo esse ano e tinha acabado de ganhar uma das etapas mais difíceis, no Tahiti. Infelizmente, essa fatalidade deixa a gente sem palavras. Tive o prazer de conhecê-lo. Todo mundo ficou chocado e o surfe mundial está de luto”, lamenta Tânio.
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