Autor: SurfPE - Por: Jim Kempton - 30/11/10 - 10:11 - link fonte:
Andy Irons durante vitória histórica no Pipeline Masters 2003. Foto: © ASP / Tostee.
A janela de espera para o 40º Pipeline Masters da história começa no próximo dia 8 de dezembro no Hawaii, válida como última etapa do ASP World Tour 2010, porém faltará um nome que ninguém jamais esquecerá: Andy Irons.
O havaiano deixou sua marca nessa etapa como nenhum outro surfista na história do esporte, com grandes feitos e atuações memoráveis nos tubos grandes e ocos do pico.
A história começou cedo. Desde muito jovem e dos tempos de colégio, ele aperfeiçoou sua técnica nessas ondas que sempre encarou sem medo e de uma maneira natural. Poucos surfistas já foram tão bem preparados assim cedo para este desafio.
Em 1996, com apenas 17 anos, ele foi o responsável pela eliminação do legend Derek Ho, além de alguns outros adversários de peso. Seis anos depois conquistou seu primeiro título mundial.
A ausência de quem já venceu quatro vezes a etapa e foi três vezes campeão mundial será um enorme vazio silencioso no próximo Pipeline Masters.
O mesmo pico de Pipeline foi palco de algumas das maiores batalhas do ASP World Tour, protagonizadas por Andy Irons e Kelly Slater, entre 2003 e 2005. Talvez a maior rivalidade já vista no surf.
Na bateria final de 2003, Andy veio de trás do pico em movimentos aparentemente impossíveis e selou uma importante vitória sobre o ícone Kelly Slater.
Esse duelo com Slater, primeiro de muitos, se tornaria uma das batalhas mais celébres da história do esporte e rendeu ao havaiano o segundo de três títulos mundiais consecutivos, além de selar definitivamente sua reputação no mundo do surf competitivo e quebrar a aura de invencibilidade do norte-americano Kelly Slater.
O período de seis anos entre 2001 e 2006 é hoje conhecido como "Iron Age", já que Andy venceu nele quatro Pipeline Master e seu irmão Bruce Irons mais um. Na primeira década do século XXI, o nome Irons ficou estampadao nas furiosas ondas de Pipeline e Backdoor e representa uma contribuição valorosa para a evolução do surf.
A ausência de Andy Irons deixa um buraco tão grande como um tubo daqueles que quebra no terceiro reef, mas sua presença lendária continuará a ser sentida no local que ele tanto amava.
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