Por: Fábio Maradei - link fonte:
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Danilo Couto botando pra baixo na remada em Jaws - foto: Tracy Kraft.
O inédito Red Bull Jaws, Paddle at Peahi, o campeonato só de ondas gigantes, no Havaí, reunirá 21 convidados, com nomes famosos como Kelly Slater, Shane Dorian e John John Florence. E entre eles, estará o baiano Danilo Couto, eleito o melhor surfista de ondas grandes do Mundo em 2011. O evento já está em “alerta” e os atletas podem ser chamados.
Radicado no Havaí há mais de dez anos e “íntimo” nas montanhas aquáticas de Jaws, Danilo Couto diz estar muito tranquilo. “Equipamento no pé, preparado e só esperando a chamada”, avisa o surfista, explicando sua antiga relação com o local escolhido para o evento. “Fiz tow-in em Jaws em 2001 e remei pela primeira vez em 2006”, lembrou o atleta, que também ganhou o maior prêmio de ondas grandes do mundo, o Billabong XXL Global Big Wave Awards, com uma performance nesse mesmo pico.
A relação com o local traz boas lembranças. “Todas as sessões que tive com os meus amigos de infância da Bahia foram muito especiais. Surfamos sozinhos por algumas ocasiões e tínhamos os locais de Maui, que ficam no topo da montanha olhando e depois vinham nos cumprimentar. Hoje, todos em Maui têm gunzeira e surfam Jaws. É o sonho de todo big rider do Mundo e o crowd por lá hoje é uma realidade. Foram anos únicos e inesquecíveis”, destaca.
Danilo Couto em Cortes Banks - foto: Frank Quirarte.
Para o Red Bull Jaws, Danilo já escolheu os “foguetes” para domar as ondas. “Tenho uma 10’6 e uma 11’0, três e quatro quilhas, mais duas reservas, do shaper Jorge Vicente. São as pranchas que já tenho desde o ano passado e na última semana usei em Cortes Bank e aqui em Oahu”, comentou o atleta, que conta com os apoios de HB, shaper Jorge Vicente, Rhyno Foam e Wetworks.
“Competir num evento de ondas gigantes é sempre intenso. Jaws é uma onda que me dedico há dez anos, sempre respeitando o mar, mas me sinto à vontade naquelas águas. O Red Bull será a primeira edição, com os maiores nomes do big surf mundial. Será um show, com certeza”, anunciou o surfista, já sabendo como proceder. “Não há espaço para erro. Quebrar a prancha, tomar um caldo forte e perder energia, tem de ser evitado”, afirma.
No evento em Jaws, os atletas entrarão no mar duas vezes, sete de cada vez, em baterias de uma hora. “As três melhores ondas serão somadas, sendo que dobra a melhor. Ou seja, qualidade ao invés de quantidade”, argumentou Danilo Couto, lembrando que as disputas serão só nas remadas. “Com um sistema de segurança muito forte, com dois jet skis de resgate por atleta”, elogiou.
Como “aquecimento” para o campeonato, Danilo Couto teve dois bons momentos nos últimos dias. Primeiro, nos dias 21 e 22, encarou as ondas oceânicas de Cortes Bank, a 160 km da costa da Califórnia/EUA, sendo o único brasileiro no seleto grupo, enfrentando ondas de até 20 metros de altura, equivalente a um prédio de sete andares. E em pleno Natal, dropou o Outside Reef de Oahu. “Um bom treino para o big swell”, completa.
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