Por Kevin Assunção - link fonte:
Com grande número de tubos excelentes, Mick Fanning é o melhor pela primeira vez em Teahupoo. Foto: ASP/Robertson.
O Billabong Pro Tahiti 2012 teve um campeão inédito após quatro anos, quando Bruno Santos faturou a etapa. Em bateria de 35 minutos contemplada por muitas bombas em Teahupoo, Mick Fanning foi o melhor contra o conterrâneo Joel Parkinson, e mantém a liderança do WCT.
Parko começou com dois tubos excelentes, que renderam 9.50 e 8.87. Mick respondeu na sequência, em duas seções tubulares que valeram 7.67, porém que não o livraram da combinação.
Joel Parkinson esbanja categoria nos tubos e fica com o vice. Foto: © ASP / Kirstin.
As estratégias dos finalistas ficaram evidente após a primeira metade da decisão. Enquanto Joel dropava o máximo de esquerdas possíveis, o bicampeão mundial era mais seletivo e valorizava a prioridade.
E deu certo. Um canudo longo a 12 minutos do fim que rendeu 9.37 a Mick esquentou a briga. A 5 minutos do final, Parko caiu numa onda grande. Então, o "Macaco Albino" dropou a seguinte, completou o barrel, recebeu 9.50 e conquistou a etapa pela primeira vez.
Polêmicas e muitos tubos
O duelo australiano na semifinal entre Fanning e Owen Wright foi épico. As bombas apareceram e notas altas foram descartadas.
Com duas esquerdas parecidas, Mick superou as foam balls, concluiu longos tubos, acumulou 18.93 e colocou o conterrâneo, que tinha duas notas na casa dos oito pontos, em combinação.
A resposta do goofy veio à altura: ficou deep num grande canudo, o melhor dos 30 minutos (9.73). Mas não teve outra oportunidade nos 90 segundos restantes.
A segunda semi também começou em alto nível. Parko saiu seco de um grande tubo (9.57) e John Florence surpreendeu ao romper a cortina de um cilíndro (9.67).
O aussie sacramentou o resultado com 7.57 recompensados por outro canudo, conectado a uma manobra forte.
Já a primeira e a terceira baterias das quartas de final foram marcadas por decisões polêmicas nos instantes finais.
Ricardo dos Santos liderava a disputa contra Mick Fanning com 9.27 e 8.17. No minuto final, o aussie dropou uma bomba e acelerou bastante para sair do tubo.
Ricardinho pegou a seguinte, atrás do pico, ficou deep no tubo e comemorou bastante.
Mick recebeu 10 unânime dos juízes, e o catarinense, 9.37 - 0.34 a menos do que precisava.
A cena se repitiu 1 hora depois, quando Joel Parkinson e Jeremy Flores dividiram o lineup. O francês vencia com 16.43 contra 12.73 do australiano.
As ondas demoraram 11 minutos para aparecer. Parko foi na primeira, um longo canudo que valeu 9.77.
Jeremy foi na de trás, que parecia igual ou melhor do que o 7.93 surfado no primeiro terço do duelo. Mas os juízes deram apenas 6.87, e a onda não entrou para a somatória.
Resultado: 16.50 de Parko contra 16.43 de Flores.
Contra John Florence, Gabriel Medina não completou nenhuma onda boa. Tentou duas que tinham potencial para high score, mas caiu quando saía do primeiro tubo e foi engolido pelo lip no segundo.
O brasileiro esperava outra esquerda excelente, enquanto John John pegava tudo o que desse para entubar, quebrou a prancha e somou 16.17.
Nenhuma onda boa apareceu na segunda metade da bateria. Medina tentou uma a 2 minutos do fim, mas o canudo não se formou.
Final
Mick Fanning (AUS) 18.87; Joel Parkinson (AUS) 18.37
Semis
#1 Mick Fanning (AUS) 18.93; Owen Wright (AUS) 18.10
#2 Joel Parkinson (AUS) 17.14; John Florence (HAW) 15.17
Quartas
#1 Mick Fanning (AUS) 19.07; Ricardo dos Santos (BR)18.64
#2 Owen Wright (AUS) 18.90; CJ Hobgood (USA) 15.60
#3 Joel Parkinson (AUS) 16.50; Jeremy Flores (FRA) 16.43
#4 John Florence (HAW) 16.17; Gabriel Medina (BR)4.17
Round 5
#1 Ricardo dos Santos 16.17; Taj Burrow (AUS) 10.27
#2 Owen Wright (AUS) 18.96; Julian Wilson (AUS) 10.70
#3 Jeremy Flores (FRA) 15.66; Kieren Perrow (AUS) 9.50
#4 John Florence (HAW) 16.66; Damien Hobgood (USA) 14.64
Confira vídeo das finais:
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