Por: Maria Pessanha. - link fonte:
http://www.surfguru.com.br/noticias/noticia.asp?id=6757
Fredrick Patacchia (HAV) no Billabong Pipe Masters 2012foto: Kelly Cestari (ASP)
As regras de qualificação para a elite do surf mundial parecem simples demais: os surfistas do top 22 do ranking do World Tour mais os surfistas top 10 do ranking único e dois wildcards ASP - e lá está o top 34. O público e a crítica especializada dizia muitas vezes que o sistema era injusto e que era muito fácil para os surfistas do World Tour se requalifcarem e muito difícil para os surfistas do WQS. Para que seja mais justo e igual para ambas as partes, a ASP decidiu alterar as regras.
As novas regras afirmam que para o ranking único dos surfistas do World Tour contam seis resultados: os 2 melhores resultados no WCT (13º e 25º lugares não contam), com os 4 melhores resultados nos WQS. O top 22 do World Tour continua automaticamente a requalificar-se, estas regras vão afetar maioritariamente os últimos 12 do ranking.
No passado, o top 34 do World Tour tinha contando para o ranking único 8 resultados: os 3 melhores resultados no WCT e os 5 melhores resultados nos WQS. Quem estava contra este antigo sistema afirmava que até os resultados medíocres no WCT ofereciam muitos pontos no ranking que quando combinados com alguns bons resultados nos eventos Prime favoreciam os surfistas do World Tour. Por outro lado, para os surfistas do WQS a qualificação parecia uma luta sem fim.
O ex-surfista do World Tour e atual WQS, Nate Yeomans concorda com estas novas medidas: "Passar uma bateria no World Tour dá os mesmos pontos como passar 3 baterias num evento Prime. E muitas vezes, nos eventos Prime estás surfando com surfistas do World Tour de qualquer forma. Também existe o fato que os surfistas do WCT podem competir em 18 eventos de topo com pontos significativos, os do WQS têm apenas 8 eventos Prime."
Recentemente houve uma reunião com surfistas que apoiavam ambos os sistemas e a ASP decidiu então alterar as regras tornando desta forma a requalificação dos surfistas do World Tour mais difícil. "Depois de ouvir o feedback dos surfistas, rever a estrutura e olhar para o calendário percebi que era necessário uma alteração para equilibrar a qualificação dando oportunidade aos surfistas do WCT e do WQS." disse Dave Prodan da ASP. "O que estamos à procura é de um sistema que não seja pesado demais para ninguém."
Por outro lado, alguns surfistas do World Tour afirmam que a ASP foi longe demais. "Só de qualificarmo-nos para o WCT é um grande feito." comentou Fred Patacchia. "E agora que finalmente chegamos ao tour após anos no WQS, temos de voltar atrás, fazendo o WQS para garantir o lugar... O top 6 ou 8 do WCT vai sempre estar lá, os outros é que vão estar com um pé em cada lado. É como se tivesse conseguido chegar lá mas mesmo assim ainda temos de andar o ano inteiro de mala atrás percorrendo os WQS. Acho que muitos surfistas do WQS não entendem como é difícil conseguir um 9º lugar ou melhor no World Tour. O primeiro ano vai ser muito difícil. Conseguindo chegar ao tour deve ter calma para conseguir adaptar-se. Pode ser um surfista incrível, conseguir chegar ao tour, ter um primeiro ano difícil e lá estás de volta aos WQS. Acho que se chegar ao tour deveria ter tempo para se orientar."
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